sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Por uma Igreja Mais Artística

Estamos nos aproximando do nosso 2º Encontro Refletindo a Graça que ocorrerá no dia 30 de Outubro na Comunidade Extrema Unção às 18 horas ( ACESSE AQUI) e como nosso tema este ano será arte uma série de posts sobre o assunto tem figurado por aqui e este é um deles.

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O cristianismo tem uma história rica no que toca as artes, mas como toda as áreas da história cristã, a  história das expressões artísticas tem sido jogada no lixo em prol do utilitarismo e de um modo de vida higienizado do belo e sujo de consumo. 

Um cristão médio não possui dentro de seus parâmetros religiosos nenhum apreço pela contemplação da arte da natureza ou da arte humana, no entanto, a igreja pode ser um ambiente revolucionador desta perspectiva trazendo ao seu fiel a desalienação de sua inteligência em relação ao produto da sua e da criatividade alheia. Neste curto artigo,  convoco você a fazer coro com um chamado provocativo à igreja para construção de um ambiente mais amigável a arte. 

1- A Igreja como Um Espaço de Apresentações Artísticas

A maneira popular de se viver o cristianismo evangélico é permeada por ideias místicas perniciosas para uma vivência mais ampla de nossa religiosidade. Infelizmente, se cultiva em nossos arraiais a errônea crença de que o nosso espaço de culto é sagrado e intocável, o que acaba por desaguar geralmente na falta de uso de um espaço bastante estruturado, que poderia ser usado para o cultivo de expressões artísticas. A ideia pode parecer estranha para muitos, no entanto, isso já acontece em igrejas de tradição católica ( palco de apresentações eruditas gratuitas no Recife), igrejas evangélicas emergentes ( que abrigam shows de rock e música contemporânea cristã) e em igrejas luteranas ( mais especificamente igrejas na alemãs que além de servirem de espaço oferecem os espetáculos de música erudita gratuitamente ou ao custo de um pequeno valor), inclusive, algumas oferecem o espaço para que filmes sejam exibidos,  e tem dado muito certo pois além de aproximar o povo da igreja, promove o cultivo da sensibilidade artística. 

2- A Igreja como Obra de Arte

O tempo passou e os cristãos se acostumaram a se reunir em galpões ao invés de igrejas, abandonando todo aspecto do belo que permeava a arquitetura dos primeiros templos. Esse abandono de certa forma é oriundo de uma raiz iconoclasta que rompe com a decoração artística por oposição a idolatria. No entanto, apesar da boa preocupação, isso resultou no empobrecimento da igreja como obra de arte e consequentemente do seu simbolo como espaço do sagrado. Hoje, igrejas lembram mais shoppings do que lugares de adoração, mas isso é passível de mudança e não necessariamente caro, grandes janelões, cruzes, grafitagens, vitrais, quadros, mosaicos com restos de cerâmica, são exemplos de como podemos tornar o nosso espaço de culto evocativo do sagrado pela arte novamente.

3- A Igreja como Promotora da História Artística

Não adianta apenas promover atividades isoladas que venham a fazer arte, pois uma abordagem que não leve em consideração a história da arte com o cristianismo se perderá e será esquecida como tantas outras são. A igreja como a comunidade da memória do sacrifício do Eterno, pode se tornar também a comunidade da memória da arte sobre tal sacrifício e isso pode ocorrer de diversas maneiras, desde um pequeno curso sobre pensadores e artistas que contribuíram com a arte e eram cristãos até uma espécie de "pequeno museu" expondo originais ou cópias de obras de arte. 

4- Valorizando seus Artistas

Por último, uma igreja mais artística saberá valorizar o artista dentro de suas paredes, independente do que ele faz. Uma igreja mais artística, portanto, poderá ajudá-lo na construção de sua arte, financiando-o em seus estudos ou quem sabe promovendo-o. O importante é ter em mente que igreja é família e como família auxiliamos uns aos outros em nossos sonhos.

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