quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Quando a Teologia Encontra a Literatura: O que Aprendi com Alice no País das Maravilhas



Acabei de ler Alice no País das Maravilhas e  Através do Espelho e o que Alice Encontrou por Lá, e posso dizer que foram leituras muito agradáveis e cheias de humor.  A pequena Alice nos leva através de seus sonhos a mundos fantásticos, estranhos, psicodélicos e confusos, uma viagem muito encantadora. 

E enquanto eu caminhava com Alice em suas aventuras, eu encontrei na literatura tão bem feita de Lewis Carroll um pouco da minha própria fé. Lá no país das Maravilhas ou no mundo para além dos espelhos algumas palavras serviram de atalho para encontrar a graça de Deus e isso me levou a pensar novamente que não existe limites para ação da graça divina e sua mensagem. 

Uma das últimas frases que me chamou a atenção, e que será a primeira que comentarei,  foi aquela da personagem Rainha Vermelha em um diálogo com a própria Alice, no trecho ela diz: 

Depois que se diz uma coisa, ela está dita e você precisa arcar com as consequências"


 Nestes tempos, onde ser tardio no falar tornou-se muito raro, a Rainha Vermelha ecoa em sua pequena frase a voz do Espírito gravada nas páginas de um velho livro, cheio de uma sabedoria tão atual. Lá, no livro, usado por vezes como amuleto, o próprio Deus nos fala e explica de maneira ainda mais profunda aquilo que disse a personagem do Carroll: 

Provérbios - 13:3
Quem guarda a sua boca guarda a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando. 


No entanto, guardar a boca e guardar a vida para não se arruinar e assim ter consciência de que quando se diz algo é necessário se arcar com o que é dito não é um trabalho fácil, pois carece de foco, motivação, propósito e porque não dizer destino? Uma boa palavra, uma boa ação é aquela que tem intencionalidade, que possui uma direção. 

Mas, quantas vezes não acabamos como Alice em seu encontro com o gato de Cheschire, desejosos de caminhar, mas duvidosos de onde queremos chegar? Uma jornada sem destino é como a boca imprudente, que se perde nas consequências de suas falas inconsequentes. Porém, voltando ao começo do parágrafo prestemos juntos atenção ao diálogo mais charmoso de toda a história de Alice no País das Maravilhas, 

O Gato apenas sorriu quando viu Alice.Parecia de boa índole, ela pensou, mas não deixava de ter garras muito longas e um número respeitável de dentes, por isso ela sentiu que devia ser tratado com respeito.
- "Gatinho de Cheshire"...começou um pouco tímida, pois não sabia se ele gostaria do nome,
mas ele abriu mais o sorriso.
- "Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?"
- "Isso depende bastante de onde você quer chegar", disse o Gato.
- "O lugar não me importa muito...", disse Alice.
- "Então não importa que caminho você vai tomar", disse o Gato." 


Perceba que Alice gostaria de simplesmente sair de onde estava, no entanto, sair de onde estamos implica sabermos para onde querermos ir, mas se assim como Alice estamos perdidos e não temos ideia do nosso destino ao ponto de o lugar do destino não importar muito, então não será importante o caminho que iremos tomar. Nóss andaremos muito e chegaremos a algum lugar,  isso é um fato,  mas para qual paradeiro um caminho incerto levará? 

Novamente, aquele velho livro empoeirado na prateleira tem uma resposta para a angústia suscitada pelo diálogo escrito acima e ele nos diz,

Mas a vereda dos justos é como uma luz resplandecente, Que aumenta de brilho mais e mais até o dia perfeito. O caminho dos perversos é como a escuridão: Não sabem eles em que tropeçam. Provérbios 4:18,19 
Mas, a vontade de caminhar para qualquer lugar é maior do que a vontade de chegar em um lugar certo e neste processo, infelizmente, perdemos nossa bússola e sem ela, ao contrário da alegre história de Alice, vivemos uma triste história, pois 

Nós não conhecemos o caminho da paz, não há juízos em nossos passos, fizemos veredas tortuosas para nós mesmos e nelas andamos ignorantes da verdadeira paz ( paráfrase do verso 8 de Isaías 59)
 Porém, o escritor da própria vida, aquele que inspirou o velho livro da prateleira, se fez morte para aqueles que estavam mortos usufruíssem da vida, através de um novo nascimento. E em um certo dia, quando gente curiosa resolveu parar e duvidar se qualquer caminho realmente serviria para chegar onde se deveria chegar, o escritor rindo respondeu a pergunta com uma nova bússola.

Assegurou-lhes Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.  João 14.6

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