Páscoa,
evento religioso comemorado pela tradição judaico-cristã, um
marco tanto para o judaísmo contemporâneo e antigo, quando para os
cristãos das mais diversas famílias teológicas. Páscoa, em
primeiro momento, uma festa memorial, um período para celebrar a
libertação do estado de escravidão de Israel.
Contudo,
com advinda do próprio Deus, na figura do Filho, e o cumprimento da
promessa messiânica, a páscoa se alarga ( Filipenses 2: 8-10). A
festa memorial da libertação da condição material de escravidão
de Israel, através da manifestação sobrenatural do Deus criador
se torna mais do que isso; Torna-se a festa da libertação da
condição de escravidão eterna do homem, de celebração ao ato de
libertação, transforma-se em festejo ao ato de redenção. É no
contexto pascoal que torna-se plena a consumação do plano salvífico
de Deus ( Efésios 2: 16-19).
A
fé que propiciava o derramar das graças de salvação, a partir
daquele que ainda haveria de vir, torna-se a fé que propicia o
derramar das graças de salvação por aquele que já veio e vai
voltar (Hebreus 8: 8-10). A espera convicta torna-se certeza no
madeiro. E a dominação do pecado sobre o homem tem seu fim. Todos
os pecados perdoados foram. O convite e o chamado foram totalmente
escritos.
Como
disse o próprio Cristo, “Está Consumado” ( João 19: 30). Para
aqueles que o tem como certeza não há, como afirma o apóstolo
Paulo ( Romanos 8: 01), nenhuma condenação, pois estão em Cristo.
Foi a cruz que apagou os pecados, na cruz houve o último
sacrifício. Nosso sumo sacerdote derramou sua vida e intercede
por nós (Hebreus 09: 11-15).
A
páscoa nos traz para a reflexão a certeza que no momento de nossa
conversão passamos já a usufruir das bem-aventuranças do gozo
celeste. Foi na páscoa que o primogênito entre os mortos ressurgiu
( Mateus 28: 5-6) e nisto temos o fundamento da fé ( 1 Coríntios
15:16).
Que
possamos, nestes dias, entendermos que foi nos eventos pascoais do
período neotestamentário que Deus na sua intervenção material na
narrativa dos homens, dividiu a história e a partir desta divisão
nos propiciou a compreensão que mais do que uma festa memorial, a
páscoa é um festejo que nos lembra da ação amorosa e salvífica
de Deus.
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