A
confissão de Augsburgo, documento central do luteranismo, afirma que
o arrependimento verdadeiro, autêntico, propriamente outra coisa
não é que sentir contrição e pesar ou terror por causa do pecado
e todavia crer ao mesmo tempo no evangelho e na absolvição, isto é,
crer que o pecado foi perdoado e que por Cristo foi obtida a graça,
fé essa que volta a consolar e serenar o coração.
O
pensamento da confissão ecoa o sentido bíblico tanto
veterotestamentário, quanto neotestamentário. No Antigo Testamento,
arrependimento é voltar-se para o senhor de todo o coração e
forças. Nos
diz o profeta Isaías, de forma redundante, no cap.
31. 6: “ Vocês se afastaram para longe de Deus; mas agora
arrependam-se e voltem para Ele”. No Novo Testamento, arrependimento é dinamizado, no sentido de que, para
além de uma entrega e de uma volta, há uma certeza de que
progressivamente o Espírito Santo opera uma verdadeira transformação
mental em nossas almas, mesmo que o processo seja doloroso. Confirmando
isso, nos diz Paulo em 2º Coríntios 7.10: “Pois a tristeza que é
usada por Deus produz arrependimento que leva a salvação”
Verdadeiramente
o arrependimento é uma radical transformação de pensamento,
atitude e direção. O arrependimento é uma revolução naquilo que
é mais determinativo na personalidade humana, uma revolução que
não é de autoria daquele que se arrepende, mas é fruto da graça
universal de Deus, distribuída na pregação da palavra. Arrepender-se
está para além do exercício humano puro e simplesmente, ou seja,
independente.
Por fim, possamos saber que Arrepender-se
é obra evangélica, não meritória. Não se pode computá-la em
nossa justiça, nem no nosso cumprimento da lei, arrepender-se faz parte da nova vida e esta é oferecida por Deus, universalmente, para aqueles que ouvem sobre Jesus.
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