terça-feira, 1 de março de 2016

Santos & Santas: Charles Wesley




Charles Wesley (1707-1788) foi um inglês Bacharel em Literatura; Mestre em Línguas Clássicas Latim, Grego e Hebraico); Secretário de Assuntos Indígenas da Colônia (América); Portador de Despachos Administrativos Britânicos à Colônia (Estados Unidos);Episcopalista; Capelão da Guarnição Britânica na Colônia; Evangelista; LíderMetodista-Arminianista; Poeta; Organista; e Hinólogo.

Charles nasceu em 18 de dezembro de 1707, na cidade de Epworth, no condado de Lincolnshire, na Inglaterra. Filho de Samuel, reitor da Faculdade de Epworth, e de Susanna Wesley, Charles foi marcado por Deus para uma obra muito específica desde cedo.  Na adolescência, Charles estudou na Escola de Westminster, lá, provou ser um excelente aluno, além disso criou juntamente com o irmão e George Whitefield o grupo de santidade que viria a frutificar no movimento metodista. Criado sob rígida educação familiar evangélica, Charles fora ensinado a defender a justiça. Mas apesar de ser herdeiro da vocação cristã existente na família, somente em 1738, experienciou o semear da Vida Eterna em seu coração, nutrido com força para anunciar o Evangelho de Cristo, o que faria em de maneira destacada através da composição de hinos.

Suas composições eram inspiradas nas melodias seculares de Purcell e de Haendel e, embora destinadas a congregações, eram editadas como solos. Eram melodias populares ou adaptadas da música das óperas que abundavam na época. A contextualização da música dos hinos de Wesley chocou os conservadores da Igreja, mas foi bem aceita pelo povo. Seus hinos também eram fundamentados no lema da Reforma Protestante - Sola Scriptura (Só as Escrituras) - e enfatizavam que a Bíblia é a única regra de fé do cristão. Charles Wesley também escreveu hinos para combater a concepção calvinista da predestinação, como Redenção universal, e ainda chegou a pregar um sermão intitulado Graça gratuita.

Escreveu hinos para as grandes festas da igreja, como os conhecidíssimos Cantam anjos harmonias e Cristo já ressuscitou, aleluia. Preocupou-se também com um acervo de hinos para os sacramentos da igreja, como a Santa Ceia, e com a koinonia (a comunhão cristã), à época, principal base do crescimento da Igreja Metodista. Paralelamente à música, Charles Wesley investiu todo o seu tempo para salvar os homens distantes de Deus. 

Charles viajou muito, especialmente para a Irlanda, a Escócia e o País de Gales. Ao lado do irmão, Charles pregou contra o consumo de bebidas alcoólicas, a guerra e a escravidão, e incentivou a medicina humanitária, a abertura de novas escolas e uma reforma penitenciária. Mesmo com a "agenda" tão cheia, Charles arrumou tempo para casar-se, em abril de 1749, com Sarah Gwynne.

Em 1771, depois de centenas de idas e vindas, Charles e Sarah mudaram-se para Londres. O ministério de Charles continuou, embora voltado para o âmbito local. Em Londres, eles também puderam ver muito mais de perto o crescimento dos dois filhos, Charles e Samuel, músicos excepcionais que se tornaram "alvos" de muitos convites para concertos. Em 1786, já com 79 anos, Charles Wesley, que já percorrera 365 mil quilômetros em seu ministério e havia participado de 46 mil cultos, cruzadas e reuniões evangelísticas, assumia novas responsabilidades na igreja. Foi ele quem enviou, naquele ano, os primeiros missionários metodistas para a Índia.

Quase dois anos depois, Charles Wesley faleceu. O dia 29 de março de 1788, data de sua morte, tornou-se, entretanto, apenas mais um fato dentro de uma história de vitórias e de milhares de hinos cantados até hoje. Ele também deixou para todos os cristãos uma lição de vida e amor ao Evangelho, além de uma marca pessoal indelével. Dizia-se dele: "Se houve um ser humano que repugnou o poder, a proeminência e encolhia-se ao elogio, esse foi Charles Wesley". Um verdadeiro herói da fé.

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