sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Vivendo pela Fé: Âncora da Reforma

Estamos próximos do 3º Encontro Refletindo a Graça o qual terá por tema a Reforma Protestante. Hoje, estaremos dando continuidade a nossa série de posts sobre os impactos desse movimento religioso na vivência da espiritualidade cristã. Neste post falaremos de uma das colunas do protestantismo: a fé e seu efeito na certeza da salvação e, por conseguinte, na conduta cristã.



Na igreja da Idade Média a salvação estava bastante ligada a relação entre obtenção do perdão de pecados e penitências. A incerteza da salvação era a regra, o purgatório era um conforto e a igreja o caminho pelo qual a graça de Deus chegava aos miseráveis, através dos Santos, de Maria, de Cristo, dos Sacramentos e, porque não dizer, da própria hierarquia organizativa da igreja. Sobre isso, nos diz, Blainey (p. 111) 
O tratamento dispensado pela Igreja aos pecadores seguia uma fórmula: o pecador em busca do perdão confessava o pecado a um padre, que prometia absolvição, desde que cumprida a pena apropriada. Talvez o padre recomendasse orações, a prática de uma boa ação ou o pagamento em dinheiro. 
Mas, Lutero e depois os demais reformadores quebram com esse paradigma e resgatam a simplicidade bíblica, recupera-se então a doutrina da justificação da fé. Lutero conclui que a chave da salvação é o relacionamento do indivíduo com Deus. Todavia, não se trata daquilo que se pode fazer para Deus, por Deus ou no anseio de chamar a atenção de Deus. "Perdão e salvação eram dádivas de Deus, aos quais fariam jus somente aqueles que o amassem e confiassem em sua misericórdia." (BLAINEY, p. 111)

Lutero, assim como outros cristãos, tais como São Francisco e Paulo, vislumbrou uma grande verdade da espiritualidade cristã: "A confiança em Deus todo-misericordioso, que se revelou em Jesus Cristo, outorga aquela comunhão com Deus, aquele companheirismo, comparado com o qual, tudo o mais nada significa" (NICHOLS, p. 158) 

A mensagem que é âncora da reforma é e sempre será reconfortadora para os corações em desespero. Como antes, também agora é possível encontrar a mesma confiança e paz em Deus encontrada por Lutero ao ler os versos escritos em Hebreus 10. 38 “ Mas o justo viverá pela fé! Contudo, se retroceder, minha alma não se agradará dele”. Além delas, encontramos no mesmo verso a ordem de Deus para que nunca venhamos a abandonar a convicção que é Ele e apenas Ele que nos garante a vida.

A Bíblia nos certifica: nada é preciso para garantir a salvação, nada que façamos é capaz de nos dá a salvação. Apenas a recebemos e confiamos nos méritos Daquele que nos deu tamanha graça. Portanto, como está escrito, assim creiamos: 
Deus aceita as pessoas por meio da fé que elas têm em Jesus Cristo. É assim que ele trata todos os que creem, pois não existe nenhuma diferença entre as pessoas. Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva. Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nele. Deus quis mostrar com isso que ele é justo. Romanos 3. 21-26

Tomemos então o caminho, sabendo que Cristo morreu na hora certa e quando ainda éramos inimigos de Deus e que por Ele fomos reconciliados e agora somos chamados amigos de Deus.  Estamos salvos de toda ira divina e da prisão que era ser contado entre os pecadores. Enfim, cantemos como Davi jubilosamente: 

Feliz aquele cujas maldadesDeus perdoae cujos pecados ele apaga!Feliz aquele que o Senhor não acusade cometer pecado!”  (Salmos 32. 1-2) 

REFERÊNCIAS

BLAINEY, Geofrey. Breve História do Cristianismo
NICHOLS, Hasting Robert. História da Igreja Cristã 

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