terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Santos & Santas: Santa Perpétua e Felicidade




Santa Perpétua e Santa Felicidade foram cristãs martirizadas por decapitação no anfiteatro de Cartago no ano 203, na grande perseguição de Sétimo Severo.  Desde longa data, seus nomes foram incluídos nos anais dos santos da Igreja Católica

Felicidade era serva (escrava) de Perpétua e se encontrava grávida quando foi presa juntamente com sua senhora pelas autoridades romanas. A narração da coragem demonstrada pelas mártires e de seu sacrifício é detalhadamente conservada por confessores da fé cartagineses e por um escritor de sua época.

Contam os relatos que o imperador Severo mandou matar os cristãos que não quisessem adorar os falsos deuses. Perpétua estava celebrando uma reunião religiosa em sua casa de Cartago quando chegou a polícia do imperador e a levou prisioneira, junto com sua escrava Felicidade. Perpétua era uma jovem mãe, de 22 anos que tinha um bebê de poucos meses. Pertencia a uma família rica e muito estimada por toda a população, por vezes, foi tentada pelo pai a abandonar a fé e cuidar do filho, mas nunca chegou a ceder.  Ambas, mesmo sendo mães e preocupando-se com seus filhos não apostaram da sua fé.

Perpétua e Felicidade demonstram historicamente o que é a perseverança cristã em meio as circunstâncias desfavoráveis e sua relação de dependência com a comunhão íntima com Deus, por isso essas mulheres se tornaram exemplos para todas as mulheres que enfrentam dificuldades no mundo por motivo de sua fé cristã. Sua comunhão, fé e confiança são exemplificadas claramente nas próprias palavras de Perpétua eternizadas em seu diário:

“sofria por não poder ter junto a mim o meu filho que era de tão poucos meses e que necessitava muito de mim. O que eu mais pedia a Deus era que nos concedesse a graça de sofrer e lutar por nossa santa religião".
“ eu que sou cristã, não posso me chamar pagã, nem de nenhuma outra religião, porque sou cristã e o quero ser para sempre".

Felicidade deu à luz na prisão. Alcançou a graça que pedia, pois seu filho nasceu antes do martírio e foi cuidado pela igreja depois de sua morte. Enquanto paria, Um carcereiro debochava dizendo: "Agora se queixa pelas dores do parto. E quando chegarem das dores do martírio o que fará? Ela respondeu-lhe: "Agora sou fraca porque sofre a minha pobre natureza. Mas quando chegar o martírio a graça de Deus me acompanhará, e me encherá de força". E encheu-se de júbilo por poder sofrer o martírio juntamente com seus companheiros. 

Batizadas na prisão, Santas Perpétua e Felicidade, foram condenadas pela firmeza da fé, foram lançadas na arena, onde uma vaca furiosa as feriu. Ao ver a jovem mãe atirada de um lugar para outro, e o leite gotejando de seus seios, o povo horrorizou-se, pedindo o fim do espetáculo. Depois disso, foram degoladas. Perpétua e Felicidade foram a representação de tantos que provaram o valor da fé no ano de 203.

Que hoje e sempre sejamos como essas duas e pela graça de Deus vivamos confiantes na esperança da eternidade.



Nenhum comentário:

Postar um comentário