sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A Cultura da Eterna Juventude. E os Velhos?





Olá pessoas! Paz e Graça. Este post era para ter saído ontem, mas por algumas questões de tempo não foi possível, enfim... aqui estamos. 

O motivo deste post é uma das passagens encontradas no livro de 1 Reis, mais especificamente o cap. 12. Neste trecho, temos o cumprimento de uma profecia feita ao já não tão sábio Salomão; aqui vemos o motivo pelo qual a profecia de Deus sobre a divisão do reino de Israel é concretizada. Nesta trama, o papel de pivô é do filho de Salomão, Roboão, que ao invés de escutar a sabedoria dos  anciãos, prefere o ímpeto viril dos seus contemporâneos, cheios de ambição.

Esta situação me leva a pensar sobre o panorama contemporâneo em relação às idades e maneiras como estão sendo significadas pela cultura ocidental, capitalista e globalizante. Vem em mente a seguinte afirmação e a posterior pergunta: Vivemos uma cultura da eterna juventude, mas e os velhos? 

Nós vivemos como Roboão. Valorizando o novo, o jovem e esquecendo da experiência daqueles que já viveram. Preferimos o sentir ao ouvir, e cada vez mais a juventude desacredita a capacidade pedagógica das vidas idosas.

A juventude e seu comportamento valem mais que a memória e historicidade dos anciãos. Hoje, somos jovens até os quarenta, contudo, perdemos a infância e sua inocência antes dos dez. Mas, a paixão pelo novo não está só em nosso relacionamento com a idade, está em tudo, sempre queremos o produto mais recente, o mais desenvolvido e moderno.

Contudo, com os velhos e com o envelhecer a coisa é pior. Primeiro, porque nós evitamos parecer velhos, ao mesmo tempo jogamos nossos velhos em asilos- afastando-nos da sua velhice- e quando assim não podemos fazer, rejeitamos sua inteligência, assim como fez Roboão. 

Para mim, ao desvalorizarmos a velhice e tentarmos escondê-la, queremos fugir do inevitável, do fim. Falta à esta cultura cética a segurança no por vir da morte. Como o mundo insere-se na atualidade na desconstrução da verdade universal e cosmológica que é Deus, repetimos o que outros personagens bíblicos semelhantes ao Roboão praticaram. Não honramos aqueles que cuidaram de nós, pois estes nos lembram que juventude eterna só em fotografia.

Enfim, em um mundo de eterna juventude - ilusão amarga- "aos idosos não se mostra nenhum respeito." (Lamentações de Jeremias 5:12 Parte B.)

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